Faz-te de barro,
frágil como um jarro.
Cheia de medos
e angústias sem nome.
Contrai o peito,
arquiva os desaires,
impulsiona a dor até ao chão.
Com a palavra mais longa do
mercado,
carrega o verbo,
pontua a desgraça.
Se ainda houver
quem te não reconheça,
põe-te de cócaras.
E, num punhado azedo
de metáforas,
retoca a sombra
redonda dos teus dias.
Maria da Fonte
Imagem retirada da internet
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