segunda-feira, 25 de abril de 2022

 






Amigos, levantemos a meia haste

alguns dos nosso motes.

É preciso que se vejam além das nossas varandas.

Ergamo-los até onde o braço der.

 

E assim de mãos nuas,

alinhemos a marcha

e agarremos ao peito o dia inteiro e limpo

como um cravo.

 

Então, os que caminham sem rosto,

calados e tristes,

a mastigar as lágrimas

(sem o detalhe dos poetas),

podem seguir connosco.


   Maria Da Fonte