Ponho sorrisos redondos
nos soldados
como os trocos
que trago lá por casa.
E com o fio rasgado da navalha
desprego da parede
o voo raso
e dou sombra latente cada bala.
E depois das coisas acabadas,
enrolo a escuridão em espiral,
agito os cortinados das janelas,
moldo famílias inteiras com os
olhos,
sirvo a ceia
na mesa principal.
Maria da Fonte
Está difícil ver os soldados a sorrir...
ResponderEliminarExcelente poema.
Já aqui não vinha há imenso tempo. Mas ainda bem que voltei, pois fiquei encantado com os poemas que li.
Espero que o seu Natal tenha sido bom.
Festas Felizes.
Beijinhos.