Talvez a mão esquerda
vá sem jeito
e a direita não seja mais o que
era.
Talvez uma estrela mais a norte,
ou a norte a luz que entendas seja
rara.
Talvez o declive do teu braço
seja o acaso ou só delicadeza,
e o tempo que medeia cada traço
seja a brisa que te leva ou te
separa.
Talvez o engenho, meu amigo,
esteja na arte da saber arredondar
as formas planas do teu dia
no rosto limpo
da pedra lapidar.
Maria da Fonte
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