Não me cobrem
mais nada.
Perdi os dias para o negócio,
agora deixem-me ver
como se move uma andorinha
no ar.
Doravante,
deixem-me ser o ponto mal
costurado,
o suspiro amarrotado na lombada,
a palavra despenhada
e o avesso da frase
por saldar.
Não precisam
de me falar da jornada
nem de me amparar o gesto retalhado,
basta que me deixem
subir degrau a degrau
a vertigem do sonho
sem lugar.