sábado, 27 de fevereiro de 2021

 


Com as palavras que me deste

fiz um rascunho.

Guardei um abraço por instinto.

Depois, deixei cair as mãos,

atravessei os dias,

envelheci por aí o pensamento.

 

Agora, que o silêncio me alaga os dedos

 e os  braços estão sem margens,

podia passar tudo a limpo.


Maria da Fonte

2 comentários:

  1. Às vezes vale a pena passar tudo a limpo. Outras vezes, nem tanto.
    Excelente poema.
    Já tinha saudades de aqui vir.
    Boa semana, Maria da Fonte.
    Beijo.

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  2. Lindo poema, Maria!
    Parabéns pela postagem!
    Vejo que um boa aragem
    De inspiração que contagia
    Passou por ti e a poesia
    Partiu nas asas do vento.
    Nela eu encontrei alento
    À alma que anda carente
    Por arte e aqui se sente
    Luz que absorvo, atento!

    Muito bom o poema! Que espalha poesia, espalha amor e alento que percorre as almas. Abraço cordial. Laerte.

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