domingo, 20 de outubro de 2019

A cada ruído o coração rebenta
e faz-se pavor no interior de nós.

Então, esperamos nos olhos dos outros,
como que querendo deixar-se ali estar.

Descemos, depois, por um rosto assustado,
com a pressa de quem
finge nem olhar.

Seguimos pela noite carregadas de balas,
ajustando o silêncio ao que nos couber.

Ninguém reivindica,
ninguém apura os factos,

ninguém sabe bem que contas fazer.

1 comentário:

  1. Maria,
    Esse clamor do olhar, que suplica o entendimento do outro, se faz necessário. Mas como tu bem dissestes... "Ninguém reivindica,
    ninguém apura os factos".
    Belo poema... Muito bem!!!
    Douglas

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