Não me
empurres as palavras com os dedos,
nem me
acordes com os olhos da tua rua.
Deixa-me
morar fora das varandas
e ajeitar
dentro de mim o coração.
Não te
queiras refém das minhas mágoas,
nem te
deixes adormecer nos meus medos.
E se
alguém te disser que o tempo é certo
e que as
horas cabem em qualquer segredo,
não
acredites.
Tu sabes
que as tardes têm formas
onde só,
de vez em quando, nós cabemos.
Maria da Fonte
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