nas costas
da minha mão.
Não é
relógio de pulso
nem bater de coração.
É a máquina,
é a linha,
é a voz do
meu patrão.
Tac tac tac
tac
mais à
frente , mais atrás.
Os olhos
como faúlhas,
cose que
cose, rapaz.
Tac tac tac tac
já tenho as pernas
cansadas.
Os moldes ficam tão alto,
subo e desço
escadas.
Tac tac tac
tac
feito um
moinho de vento.
Faz-me poeira
dos dedos
e nuvem do pensamento.
Tac tac tac
tac
abaixo do
coração,
onde cabia
escondido
mais um
pedaço de pão.
Tac tac tac
tac
podia ser
uma bola
e a baliza
esta máquina
que me cose
a camisola.
Tac tac tac
tac
Tac tac tac
tac
Tac tac tac
tac
vai batendo sempre,
sempre,
como o sol
que aqui nasce
e morre no
ocidente.
Maria da
Fonte
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