De qualquer forma eu vou,
habita-me nas asas um roteiro povoado de lonjuras.
Ainda que os olhos se rendam a precipícios,
depressa o pensamento aprende a ser poesia.
Podes ciscar-me o ninho nessa espera,
a hora vai larga e tudo em mim se demora.
Inventa-me legendas, emenda-me retalhos,
desvia-te, se quiseres, mas deixa passar o poema.
Define a rota e tira da gaiola que entenderes a nostalgia.
Neste intervalo de tudo, deixa-me ser liberdade,
Lembra-te de Harper Lee, «não mates a cotovia».
Maria da Fonte
E os maiores arrependimentos são de coisas que não fizemos. Por isso, vai mesmo. E continua a encantar com a tua excelente poesia, de que este poema é mais um exemplo.
ResponderEliminarBom Ano e bom fim de semana, querida amiga.
Beijo.
Há algo em nós que fervilha, que não se conforma... Há que dar-lhe voz.
ResponderEliminarTocou-me, a tua poesia toca-me sempre.
Abraço
Belo...
ResponderEliminarTua poesia é teu dentro,
teu grito,
teu voo.
As rosas sempre tem espinhos,
mas acima dos espinhos,
há um percorrer de pétalas macias.
Na vida temos dois caminhos e uma escolha.
As aulas da vida são todos os dias,
não perca o estudo, o amanhã nasce outra vez, mas o tempo, ah o tempo... Esse será outro.
Beijinho querida.
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