segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

 

Não posso prender o tempo às linhas da minha mão,

mas posso acordar o vento,

dobrar a linha da sorte, personalizar o mastro

e moldar um barco no chão.

 

Não posso colher o mar na geografia dos dedos,

Mas posso cavar um poço,

guardar a água da chuva,

largar o barco à deriva

e repensar os meus medos.

 

Maria da Fonte




1 comentário:

  1. Saber os seus limites, com comprometimento quanto ao que está ao nosso alcance. Lindo!

    Abraço

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