Amigos, o mais incrível que me aconteceu
foi eu dar o dito por não dito,
pôr este olhar recôndito de caramujo,
bater com a mão no peito em nome de Cristo
e deixar de ser ateu.
Esta ideia de servir o profeta, confesso-vos,
deixa-me descansado.
Digamos que é como se houvesse uma espécie
de novo mundo,
uma rua estreita, em pedra portuguesa,
sem ninguém nas margens,
só um Deus ao fundo.
Vejamos então,
Deus não me incomoda.
Não me fala alto, não
me cheira mal,
não segreda avulso nem me pede esmola.
Foi daí que eu
comprei um rosário na Feira da Ladra
Já muito em conta.
Pendurei na porta
e ganhei o céu.
Um poema bem português
ResponderEliminarE gostei do pseudónimo 🙂
Eu não consigo ter fé, embora o tenha tentado ao longo da vida.
ResponderEliminarMas se ganhasse o céu, embora não saiba se existe ou não, também pendurava um rosário na porta...
Gostei muito deste seu poema, que é excelente. E tem um final surpreendente, mas que fecha o poema com chave de ouro.
Também gostei que me tivesse visitado. Pensei que tinha desistido da blogosfera. Mas ainda conservava o link do seu blogue.
Boa semana, minha amiga.
Um beijo.
Cara Maria da Fonte,
ResponderEliminarVim beber tu'água doce
Em versos como se fosse
Fazer da arte uma ponte
A ligar um horizonte
A outro horizonte infindo.
O teu poema está lindo,
Tens na alma a poesia
Que o belo irradia
E que a nós é bem-vindo.
Parabéns pela bela, postagem, Maria. Deus seja louvado. Abraço fraterno e cordial. Laerte.
Sempre com mais um poema,
ResponderEliminarCara Maria da Fonte,
Mas esse tem um horizonte
Com lindo conteúdo e tema
Que a recompensa suprema
É o céu ou o infinito.
Por isso que é tão bonito
Cuja a mensagem é luz
Que nos surpreende e conduz
Nossa alma à fé – Bendito!
Parabéns! Abraço fraterno e beijinhos. Laerte.