Abril é abrandar o passo
quando levo o meu filho pela mão,
dizer-lhe em palavras pequeninas
que Abril não se faz sem coração.
Abril é o meu super-herói
e há de ser o seu herói também,
é só desafiar cada limite
dos sonhos que se veem mais além.
Abril é de todos, digo-lhe eu.
É de gente grisalha e gente à rasca,
do doutor de cravo na lapela
e do homem que apodrece ao pé da tasca.
Abril é do menino abandonado
que soletra a esmola já de cor
e do menino que o leva pelo braço
e lhe diz que Abril é bem maior.
Abril poderá ser liberdade
quando abrandar o passo mais alguém
e disser claramente a uma criança
que Abril não é só de quem o tem.
Maria da Fonte
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