Asas martelam os gestos,
refrões torneiam os ninhos.
Das palhas soltam-se voos
que se ajustam ao abismo.
É este o rumo dos pássaros,
na pulsação suicida.
De quem procura na queda
um incentivo à vida.
Mais leve, o dia os habita
Nos longos voos do céu.
Feitos pedaços de estrelas,
da caixa que alguém partiu.
Maria da Fonte
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