Fotografei-te o olhar
cambaleante,
a baloiçar nas pálpebras
envergonhadas.
Atirei-te o meu amor,
já tão errante,
feito de veredas
magoadas.
Eu pude ver o mundo
em ti vazado,
ao longo
desse teu longo olhar.
E eu cabia inteira
em cada córnea.
Era a terra profanada
a levitar .
Mas o chão ficou pesado,
eu cansada.
Quis quebrar o meu feitiço,
ver-te com calma,
fotografar-te o olhar
por trás da alma…
A imagem saía sempre
desfocada.
Maria da Fonte
Imagem da internet
Há fotografias que são mesmo difíceis de tirar...
ResponderEliminarUm bom domingo, beijos
É tudo tão lindo estou encantada!
ResponderEliminarAs mãos por vezes tremem quando se trata de fotografar a alma no olhar...
ResponderEliminarExcelente poema, como sempre.
Querida amiga, tem uma boa semana.
Beijo.
Olhares e olhar
ResponderEliminarE a leitura ou leituras desses vazios, tão distantes de alcançar!
Belíssimo Man.
Sempre disse que tinha um estilo inconfundivel.
Mui bjis
Boa noite Maria, que inspiração! Lindissimo poema. O amor, o sentimento maior tantas vezes suspenso num olhar...Bjs e boa semana. Ailime
ResponderEliminarPode a imagem sair desfocada, mas as palavras jorram belas e acertadas.
ResponderEliminarbeijinho
Maravilhoso e tocante poema Maria! Senti no fundo do coração! Um beijo!
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