domingo, 27 de maio de 2012
Desassossego
Tenho em mim o desatino entranhado
e devaneio como um louca alucinada,
que tanto embala a multidão ao colo,
como ignora quem a seu lado caminha.
Sou o mundo à sombra dum plátano,
aguardando uma fenda de luz
que me arranque das trevas deste pântano,
que me devolva a chama, dita minha,
mas que nem sei sequer se me seduz.
E que manhã pode contar comigo,
se eu nunca sei como vou acordar?
E que noite me ousará levar,
se eu nem sei se sou, se não sou, se tenho sido?
Às vezes já morri e fico bem no repouso
da alma tão esgotada,
outras vezes tenho medo de dormir,
como se a vida me fugisse
em menos nada.
Texto: Maria da Fonte
Imagem: reencontro.blogs.sapo.pt
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Palmas! muitas palmas para tão bela poesia!
ResponderEliminarManelinha, cada vez és mais raínha!
Belíssima, querida amiga!
E sem comentários!..
Parabéns por este "grito"!
Grande abraço
E nesse desassossego vamos vivendo, sem saber ao certo onde e como chegar ao fim da linha... Aliás, nem queremos chegar ao fim dela, apenas chegamos e pronto, a vida encarrega de colocar os pontos finais onde queremos somente vírgulas.
ResponderEliminarBelo poema!
Beijokas doces e uma semana abençoada.
Parabéns minha linda amiga, pelo belo poema.
ResponderEliminarAmei sua doce visita, beijinhos e linda semana
A vida... com momentos doces e amargos... nos leva a aprender a ser, a estar, a viver bem por dentro da vida e sem nunca perceber ao certo o que essa vida é... na realidade!
ResponderEliminarBeijos fofos!
HN
Hola amiga!
ResponderEliminarPerfeito!
Nossa vida é assim mesmo, inquietante, instigante, um sobe e desce sem precedentes e nós, instrumentos no grande tabuleiro "viver".
Bjs.