quinta-feira, 15 de agosto de 2024

 


Quando a erva daninha me povoa

o pensamento, eu, por ter a folha em branco

e por me querer a cultivar poemas de riso

escancarado,

carrego as minhas inseguranças até ao gesticular

do meu antigo

professor.

 

Depois, fixo o olhar no tal ecossistema.

Procuro os recursos naturais,

como quem colhe as palavras

mais redondas

e segue o roteiro dos sonhos

no regresso à vida.

 

Vejo, então, a utilidade da planta

no deambular do seu indicador.


Maria da Fonte

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