Por encomenda, articularam-me os gestos.
A rotina de uma mulher sem rosto
que arruma o olhar no fundo da gaveta.
Aproveitei as correntes de ar,
dei formas às cortinas,
eco aos pássaros
e carreguei os sonhos para parte incerta.
Se me perguntarem o que sobrou de mim,
um espaço despido
nas ranhuras da mão,
um voo nos bolsos
e o amor a uma distância incalculável.
Maria da Fonte
Linda Maria da Fonte,
ResponderEliminarTeu poema é meio amargo,
Mas esse detalhe eu largo
Ao largo ao largo fronte
Como se fosse defronte
Tua linda poesia
Que muito encanto irradia
E se transforma em semente
Multiplicadora, um ente
Dando amor à alma vazia!
Parabéns, Maria! És a própria poesia! Abraço fraterno. Laerte.