Deixe-me aqui, doutor, na tarde
morna,
presa ao gesto atordoado dos
meus dedos
e ao som do abraço repetido.
Devagar o dia é mais nítido.
Ontem foi primavera.
Hoje, doutor, deixe-me assim
nesta varanda sem fôlego,
a segurar o olhar que então
perdi.
Maria da Fonte