Como se enganam os senhores da alta-costura
quando ajustam a gente à etiqueta
e penhoram as ancas no tecido.
Chegam sempre de madrugada neste registo.
Trazem no peito a praça e um cabide,
como se fossem poetas
e as mulheres redondilhas
sem lugar a pernas flácidas.
Os senhores de alta-costura
engomam versos em série
e gastam as horas nisto.
Maria da Fonte
Fernando Botero
Maria da Fonte é uma das minhas "heroínas" ...
ResponderEliminare apreciei da "vergastada". de alta costura
bem vinda, pois.
Na realidade, o ser humano não se define por um único esteriótipo.
ResponderEliminarAbraço poético.
Juvenal Nunes
Boa tarde Maria da Fonte,
ResponderEliminarQue poema tão belo!
Um tema muito interessante aqui poetizado de forma brilhante!
Adorei.
Um beijinho,
Ailime