quinta-feira, 29 de março de 2018




Moldas o silêncio das sombras até ao último
sopro do verão.
Ergues a voz rente ao precipício
e qualquer nuvem te levanta do chão.

Ajustas os braços ao destino, mordes
 temporariamente a ilustração.

E eu?

Encalham-me as palavras em quase tudo
e devagar
encolho-me de novo,
pois que o teu voo é a única oração.


Que caiba o teu corpo na geometria do vento.
Mas o peso da consciência, nunca.

NÃO!



Maria da Fonte
Imagem retirada da internet



1 comentário:

  1. Dicotómico e assertivo, este poema. A Maria da Fonte afigura-se-me uma surpreendente afirmação.
    Bjs.

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