
Traço o mapa
nas nervuras,
limpo os pontos cardeais.
Ao limbo
de cada folha,
acrescento um pouco mais.
Tiro a redoma das coisas,
sigo qualquer
reentrância.
Não morro,
vou dormitando
na moldura da distância.
Seguro a vida nos dedos,
volteio os sonhos
na mão.
Os dias
nascem bem perto
da minha imaginação.
Maria da Fonte