Dê palpites sobre a linha,
o padrão e a textura,
o clima, se quiser.
Até à última prova,
proteste o ponto corrido,
o decote do vestido
e o forro, quando o tiver.
Ponha defeitos em tudo,
a cambraia, a seda pura,
a viscose mal cosida
e o fio curto a prender.
Trace o tamanho do pano,
a roda larga ao vestido,
o rodopio do vento
sem uma fibra sequer.
Que, ainda que não permita,
há quem num pano de pó
abafe por completo
as pernas de uma mulher.
Maria da Fonte
Imagem retirada da internet
Fiquei fã deste teu cantinho, parabéns, a tua poesia é magnífica!
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