segunda-feira, 27 de julho de 2020




e humedece-me os dedos com que agarro as folhas
e avanço de improviso
pelos socalcos do livro.

Não preciso de me esconder atrás das sombras,
nem de amordaçar o vento que não seguro,

basta que a pressa dos olhos
leve nas mãos os ramos

e deste ângulo do olhar
eu prenda tudo.

Maria da Fonte


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