domingo, 3 de maio de 2020

Mãe




Mãe, este desarticular de dedos
que me deixa de braços pendurados
e cálculos agarrados à garganta,

esta sensação de dor que mal descrevo,


este pavor tremendo, mãe, que tenho
de te deixar
as mãos sujas de medo.

Maria da Fonte

1 comentário:

  1. Magnífico poema muito profundo, numa homenagem sublime à Mãe.
    Adorei.
    Beijinhos e fique bem.
    Ailime

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