Inclina-te sobre os homens que anoitecem,
toma-lhes as mãos das molduras e
segreda-lhes retratos como beijos.
Não sacudas, nem levantes as palavras,
se alguma nuvem solta se afigura.
Recolhe o frio calada
e faz o céu que puderes àquela hora.
Quando levantas a voz, nada que é teu ganha altura.
Maria da Fonte