sábado, 11 de fevereiro de 2017



Foi por ti
que eu gastei as pedras, estendi sorrisos
na face do tempo, dei às palavras um lado de ave
e, às escondidas, escrevi no vento.

Foi por ti
que eu dividi o céu, poli os raios de sol
em mil setas, moldei silêncios curvados de arcos
e, sem disfarces, imitei poetas.


E foi por ti
que me exilei no verso, estendi os braços,
pus o céu tangente e, sem prender
pássaros nem rosas,


quis-te aprisionado em mim para sempre.

1 comentário:

  1. O que nos move é sempre bem-vindo.
    Mais um excelente poema, gostei imenso. A sua poesia é consistente e encanta-me sempre.
    Bom domingo e boa semana, amiga Maria da Fonte.
    Beijo.

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