domingo, 10 de agosto de 2014

«E assim como o mundo se chama mundo, porque é imundo, e a morte se chama Parca, porque a ninguém perdoa, assim a nossa terra se pode chamar Lusitânia, porque a ninguém deixa luzir» Padre António Vieira


2 políticos devassos,
4 palavras de cor,
3 homens e 6 braços.
Regue q.b. com suor.

Um horizonte farpado,
Uma travessa de prata.
O mesmo sistema usado
No timbre do diplomata.

Repita as interjeições
As vezes que entender.
Um grama de eleições,
O resto do tempo a arder.

Junte um pedaço de mim,
Recorte-me a emoção.
Dissolva tudo assim,
Tal outra rebelião.

Bata tudo outra vez,
Agora muita mais gente.
Talvez consiga, talvez,
Um passado no presente.

Depois, do cimo do pódio,
Espreite o calor do fogão.
Quando já ferver o ódio,
O pitéu vira carvão.

Um balde, água bem fria.
Comece tudo de novo.
Invente, tenha ousadia.
Quem faz o povo, é o povo.

Maria da Fonte

3 comentários:

  1. Desilusões e desencanto do poeta com os políticos do seu tempo.
    Como está actual este poema.
    Os políticos são como as fraldas devem ser mudados.
    Ainda continuamos a acreditar na mudança, mas eles são cada dia piores...

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  2. Olá, cara amiga e nobre poetiza!
    Depois de longa ausência, volto visitá-la e o faço me expressando em poucas palavras:
    “Seja feliz, muito...”
    Aceite meu abraço e até mais!

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