domingo, 11 de novembro de 2012

MOLDURA


MENÇÃO HONROSA NO CONCURSO LITERÁRIO APPACDM DE SETÚBAL









Minha mãe carregava-me no ventre,
meu pai dava os últimos retoques na quadro de família.
Eu cheguei, surpreendentemente, diferente.
Tive medo, muito medo, que aquele sonho
não coubesse na moldura.
Mas… quem lhe disse que eram essas as medidas?

O bom artesão não lastima a obra imperfeita,
antes a adorna, para que, também ela,
se torne um paradigma.
Meu pai ainda há de ser um célebre mestre
e eu uma obra-prima.

Minha mãe amparava-me do chão,
meu pai pintava-me mais acima.

Maria da Fonte

9 comentários:

  1. Maria, parabéns, muitos parabéns! Um prémio bem merecido. Mais um poema absolutamente emocionante. Beijinho querida amiga e enorme poetisa. Ailime

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  2. O artista acalenta sua inspiração e a aceita, como um pai ao filho...censurada cedo demais, a obra fenece em semente, deixada crescer sem alguma poda, pode atrapalhar-se em seus próprios ramos...
    Congratulações pelo prêmio, seus poemas são um primor.
    Abraços

    Bíndi e Ghost

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  3. Uma poesia fantástica, à altura de quem sabe e domina
    a transmissão da sensibilidade em palavras cheias de sabedoria.
    Parabéns Man, pelo prémio que conquistaste merecidíssimo
    Mui bjis

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  4. A emoção de criar e o resultado final, não tem medidas. Ou seja, a medida está nos olhos de que vê e senti.
    Linda poesia e parabéns pelo menção honrosa.
    bjks doces

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  5. Receba os meus parabéns pela menção honrosa e pelo belíssimo poema. Um abraço, Yayá.

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  6. Lindíssimo poema, és mesmo uma obra-prima!
    Abraços!

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  7. Meus parabéns, bem merecido o premio!
    Mais abraços!

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  8. Mas tu já és uma obra prima...
    Parabéns pelo prémio e pela excelência da tua escrita.
    Querida vizinha, tem uma boa semana.
    Beijinhos.

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  9. QUERIDA MARIA
    VENHO VISITAR O SEU ESPAÇO E DEPAREI-ME COM UM PRÉMIO!!!
    GOSTEI DO POEMA, COMO SEMPRE DO QUE ESCREVE!!!

    DEIXO 1 BEIJINHO DE PARABÉNS!!!

    LÍDIA

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