segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Fénix



















Arrastas amargamente mundo,
polvilhas de sangue os paralelos do tempo.
O céu fica no topo da vida…
E tu caminhas, tal Sísifo,
pelos trilhos do teu amplo querer.
Deténs o olhar na contemplação da paisagem,
sorves a aragem de momento,
revolves a ramagem dos teus dias,
renovas a firmeza dos teus passos...
Estás pronto para tocar o céu,
mas eis que desequilibras do teu querer,
despenhas-te no abismo, cais no fundo.
Temo que não voltes a nascer,
que as cinzas, espalhadas, não te encontrem
na caótica folhagem do teu mundo.

Maria da Fonte
imagem retirada da internet






8 comentários:

  1. Bom dia Maria, lindo poema, adoro mitologia, pois tudo no fundo tem uma certa verdade né mesmo?
    Gostei da comparação, Fênix e Sísifo!
    Versos bem colocados, parabéns poetisa!
    Meu abraço!

    ResponderEliminar
  2. A honra está em não desistir. Nunca!

    Beijo :)

    ResponderEliminar
  3. Boa noite Maria,
    Um poema sublime!
    A sua poesia é de uma qualidade enorme!
    Sinto-me pequenina a comentá-la mas pressinto nas suas palavras a angústia que me invade também!
    Não desistamos como diz o amigo no comentário acima.
    Um beijo e muito obrigada.


    ResponderEliminar
  4. Muito triste! Doeu de ler, mas você é excelente ao transmitir a tragédia em poesia, a isso se chama talento. Um abraço, Yayá.

    ResponderEliminar
  5. Que poesia forte essa tua Maria.
    Tu tens um dom maravilhoso ao poetar, consegue fazer a gente sentir a dor contida nos versos.
    Parabéns!

    Beijos com carinho.

    ResponderEliminar
  6. Nem sempre se renasce, principalmente quando o tombo é grande...
    Gostp imenso da tua poesia e este poema não é excepção, porque a excelência mora nas tuas palavras.
    Beijinhos, Maria da Fonte amiga.

    ResponderEliminar
  7. A tua Poesia M. é para se estar muito atento...
    È POESIA MESMO!
    Sabes? não tem comentário!
    Antes, tem: Fantástica!
    Mui bjis, querida amiga

    ResponderEliminar