Quando os sonhos adormecem,
as noites escorrem em vão,
os dias pingam, humilhados,
e homens morrem esmagados
entre a ganância e o chão.
Os ossos dos que rastejam
embalam suavemente
a carne dos que sobejam
à tona de um mar de gente.
E o sangue corre ligeiro
por entre vales de fome
e montanhas de cobiça.
Ninguém estanca a escória,
morremos… é nossa sina
(somos gente submissa).
E a Terra não é redonda
como o prato da minha mesa.
É dividida em estratos:
fome, tortura, avareza.
E os homens não são iguais
como apregoam por aí:
há homens que são mais homens
e homens que nunca vi.
Maria da Fonte
estereotipodaperfeicao.blogspot.com
as noites escorrem em vão,
os dias pingam, humilhados,
e homens morrem esmagados
entre a ganância e o chão.
Os ossos dos que rastejam
embalam suavemente
a carne dos que sobejam
à tona de um mar de gente.
E o sangue corre ligeiro
por entre vales de fome
e montanhas de cobiça.
Ninguém estanca a escória,
morremos… é nossa sina
(somos gente submissa).
E a Terra não é redonda
como o prato da minha mesa.
É dividida em estratos:
fome, tortura, avareza.
E os homens não são iguais
como apregoam por aí:
há homens que são mais homens
e homens que nunca vi.
Maria da Fonte
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Excelente!!!!!
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