terça-feira, 24 de abril de 2012

Abril


Se fecho os olhos,
Vejo as cores de Abril,
Serpenteando
As chamas da esperança
E aquele ousado
Orgulho em mim emerge,
Tal euforia
Nos passos de uma dança.





Se ouço o silêncio,
Tudo é melodia,
E a voz do povo
Soa-me cadente,
Acorda em mim
A fé daquele dia,
Embalo o sonho
Ao som de tanta gente.

Mas
Se desperto,
Tudo é utopia
E aquela Grândola
Soa-me distante.
A voz do povo,
Que a dormir ouvia,
Esvai-se em choro
Dolente, constante.

Maria da Fonte
petrinus.com.sapo.pt


8 comentários:

  1. Belíssimo! O vosso Abril é bastante lembrado e elogiado pelas terras daqui como um dos mais belos da civilização. Um abraço e seguindo, Yayá.

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  2. O mesmo grito, agora mais como um lamento, numa poesia com uma musicalidade fantástica!
    Belissima, MM
    Terno abraço, querida amiga!

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  3. Percebo bem o teu desalento.
    Que também é o meu.
    E de muita gente mais.

    Em qualquer caso, o teu poema é excelente.
    Na forma e no conteúdo.

    Maria da Fonte, querida amiga, tem um bom resto de semana.
    Beijo.

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  4. Sinto nos ventos cheiro de cravos a emanar pelo Atlântico
    Também sinto que não passem tão bem nessa península-irmã

    Que novos ventos soprem algo de bom nesse 25 de Abril, abraços!

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  5. Abril e seus tons amarelos, me encantam!

    Me trazem saudades,

    Que seja a saudade a lhe ocupar o coração... Apenas ela,



    Bjkas

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  6. Belíssima poesia de abril. Um abraço, Yayá.

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  7. OLÁ AMIGA!!!
    É VERDADE MESMO, JÁ VAI TUDO TÃO LONGE... OS SONHOS PASSARAM, COM OS ANOS VOARAM, DE RESTO...ALGUNS DISCURSOS JÁ CHEIRAM A RANSO, DIANTE DAS SENAS DOS ÚLTIMOS ATOS!!!
    1 BEIJINHO LÍDIA

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  8. Olá amiga, revejo-me neste belíssimo poema em que evoca Abril que sonhámos e vivemos e que não podemos deixar esmorecer.
    Ailime

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