quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Tubarões
Se eu fosse o outro peixe desmedido
Que Aquele Homem pregava no Sermão,
Seria não servente mas servido
Por quem me atraiçoa, usurpa o pão.
Ai se eu não fosse o peixe comedido
Que trabalha sol a sol, servidão,
Arrancava-te o dito, o prometido,
Noutros tempos…aqueles de eleição!
É nesta ira, na raiva que me invade,
Que eu desanimo e quase me enfraqueço,
Perco o corpo, o meu suor e a vontade
De dar a tubarões usurpadores
O pão que me pertence, que mereço,
E que fica na mão desses senhores.
Maria da Fonte
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Soberbo, querida Maria da Fonte! Uma critica sóbria e certeira num belíssimo poema.Não pare...continue...pois quem cala...consente!!!
ResponderEliminarBjito amigo e uma flor
Este soneto é genial.
ResponderEliminarE muito oportuno, face à ladroeira governativa em curso...
Beijos.